Vale a pena mudar o nome da minha empresa depois de tanto tempo de mercado?
- Cambuca design
- 19 de abr. de 2024
- 4 min de leitura
Já falamos aqui sobre mudança de identidade visual, e agora chegou a vez de falar daquele que é tão importante quanto: o NOME da sua marca!

Porém, diferente do logotipo, a mudança do nome em alguns casos, pode ser ainda mais delicada. É comum as marcas alterarem sua identidade visual, mas não os nomes. Toda a história do seu negócio, a tradição e os valores são carregados por essa única expressão ou palavra que define toda a cultura em volta dela. Ele tem o superpoder de ser memorável, pois faz a empresa ser lembrada.
O maior desejo da marca é estar gravada na mente das pessoas.
Por isso, a decisão de alterar o nome é extremamente arriscada MAS, em alguns casos, é impossível fugir dela:

Caso 1: O nome foi “muito inspirado” em outro
Uma clínica médica que se chama Clínica Medicina com certeza não surtirá o mesmo efeito que suas concorrentes, com nomes elaborados, originais ou que carregam um sobrenome forte de sua fundadora, certo?
A descrição do seu serviço não é o nome da sua empresa. Esse indica o que a sua empresa faz. Já o nome, transmite quem ela é. Deixe a descrição do seu negócio para a tagline ou para ser utilizada em slogans! Ah, e mesmo que você não queira registrar a marca, você ainda pode pagar multa por utilizá-la, o que nos leva ao próximo caso.

Tagline é uma frase curta que transmite a essência da marca e é utilizada logo abaixo ou ao lado do nome. Já o slogan também é uma frase curta, porém utilizado em campanhas de marketing específicas, com “prazo de validade”. Uma marca possui somente uma tagline, mas, se fizer várias campanhas, terá muitos slogans.

Caso 2: Toc toc toc, três batidinhas na porta: aqui é Justiça!
Assim como acontece com os logotipos, o nome precisa gerar diferenciação e identificação, e ele com certeza não surtirá esses efeitos se for igual a outro que já esteja no registro de marcas e patentes. Você pode solicitar uma consulta no registro diretamente com uma empresa especializada em registros e patentes (a maioria faz essa consulta de forma gratuita!). Se houver alguma outra empresa dentro do seu segmento com o mesmo nome, mude o quanto antes, pois a multa aumenta a cada dia de utilização!

Caso 3: A reputação da empresa está em apuros
Situações extremas exigem medidas extremas. Essa frase é muito dita entre os empreendedores e empreendedoras (quem é, sabe). Em uma gestão de crise sempre é necessário reparar os danos, e um novo nome é uma ótima saída para isso. A gente já disse aqui como ele carrega toda a sua história e tradição, e caso elas estejam ligadas a uma crise ou má reputação, trocar é a melhor saída. Nome novo, vida nova.

Caso 4: O nome é “cancelável”
Na era do cancelamento, todo cuidado é pouco. Qualquer nome que infrinja os direitos humanos, humilhe, desrespeite algum indivíduo ou comunidade precisa ser trocado. E não apenas por uma questão jurídica ou pela reputação do negócio, mas sobretudo, por uma questão ética e moral! Preconceito aqui, não.

Caso 5: A empresa fez uma fusão
Assim como no caso do logotipo, alterações na comunicação e posicionamento do negócio são necessárias com mudança de gestão, mas se tornam indispensáveis quando essa mudança é uma fusão entre duas ou mais empresas. Poucas vezes o nome de uma das duas se mantém sem alterações.

Mudança leve ou mudança drástica?
Algumas marcas famosas mudaram levemente seus nomes, não por algum dos casos citados acima, mas por conta de uma ampliação do cardápio. Foi o que aconteceu com a Dunkin’Donuts, a rede de padarias gringa. Como a marca evoluiu e passou a oferecer opções além de rosquinhas, cortaram o Donuts do nome (mas não do menu).

Também temos alguns exemplos brasileiros:
A Pontofrio passou a se chamar apenas Ponto, em uma tentativa de se adaptar à era digital.

E de mudança drástica, vale a pena citar as antigas Lojas Herval, hoje em dia conhecidas como taQi. O nome foi completamente reinventado para marcar um reposicionamento da empresa, ou melhor, das empresas, já que a taQi passou a fazer parte do Grupo Herval.

Certo, decidi mudar! E agora?
O seu novo nome precisa, primeiramente, estar de fora de qualquer um dos casos citados aqui, hein?! Além de identificar verbalmente o seu negócio, ele precisa ser fácil de ler, escrever e pronunciar. Também precisa causar um impacto com poucas palavras, ou utilizar siglas, se for muito extenso.
A KFC (rede de fast foods gringa), por exemplo, deixou de utilizar seu nome completo Kentucky Fried Chicken (Frango Frito do Kentucky, traduzido em um portutguês livre). Alguns fatores influenciam nisso:
O nome era extenso, tornando-o complicado de falar ou escrever
Continha a palavra “frito”, associada a algo gorduroso e nada saudável
A marca expandiu para outros países, inclusive no Brasil, e a utilização de siglas facilitou o entendimento por diferentes idiomas
Assim como o desenvolvimento de um logotipo, a criação (ou recriação) de um nome não pode ser feita de qualquer jeito, não! O ideal é que seja feito por um processo de naming.
Como funciona o processo de naming?
O que é, o que come, o que faz, o que gosta agora no Blog da Cambuca.
Naming é o processo de construção do nome de uma marca. Ele, assim como praticamente todos os projetos, começa pela coleta de dados e informações da empresa. Depois, parte para uma análise minuciosa, pesquisa, alinhamento de estratégia e por fim, a criação de uma lista de opções. É um processo de criação que segue uma metodologia. E não, não é igual a dar o nome para um filho, que leva em conta apenas o gosto pessoal: é uma construção feita de forma estratégica!
Ah, e o renaming (mudança de nome) geralmente vem inserido no rebranding, mas esse assunto vai ficar para a próxima ;)
ATENÇÃO, EMPRESÁRIA!
Se o nome da sua empresa está passando por algum dos casos citados aqui, entre em contato com nosso time para lhe auxiliar! Acesse o link “Chora que eu te escuto” e receba uma proposta personalizada. Nada melhor do que uma consultoria especializada para te auxiliar nesse processo, certo? ;)
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