Como definir as fontes da minha marca?
- Cambuca design
- 11 de set. de 2024
- 4 min de leitura
Depois das cores, vem as fontes! Chegou a hora de escolher as tipografias da sua marca

E a escolha delas faz parte da identidade visual, que faz parte da gestão de marca (branding). Caso esses termos sejam novidade para você, esse artigo explica tudo, tim tim por tim tim. Mas, voltando ao assunto, determinar quais tipografias vão fazer parte da sua marca é mais um tijolinho na na construção da sua identidade visual
Bora aprender mais sobre elas?

Primeiro de tudo: o que é tipografia?
Essa palavrinha tem origem grega na junção das palavras typos (que significa “forma”) e graphein (que significa “escrita”). Antigamente, ela era relacionada à impressão das letras. Hoje em dia, boa parte do trabalho de comunicação é feito de forma digital, esse conceito se estendeu para toda a área de desenvolvimento visual das letras. Isso inclui:
Seus caracteres (letras, acentos e suas variações)
Aplicações (em postagens, cartões de visitas, outdoors)
Estilos e formatos (suas classificações)
Ah, e vale lembrar que, nesse contexto, tipografias e fontes significam praticamente a mesma coisa, ok?
Elas servem como uma base da escrita, dão forma ao nome da sua marca e passam uma mensagem, seja de forma intencional ou não. Portanto, assim como diversos outros elementos, elas precisam transmitir os valores, personalidade e perfil da sua empresa. Também precisam se comunicar com o seu público-alvo e serem compatíveis com o seu negócio.
Dentro do design gráfico, existe uma área específica que é totalmente focada no desenvolvimento de tipos. Os designers tipográficos (como são chamados os profissionais especializados nisso) se debruçam sobre o tema para criar tipografias que tenham características específicas para projetos específicos.
Para não errar na escolha delas, separei aqui os quatro principais “tipos de tipos”!
Quais são as categorias das fontes e quando usar cada uma?
1. Serifa (ou serifada)
As fontes que possuem serifa são essas com tracinhos nas pontas das letras. A Time New Roman é uma das mais usadas e conhecidas, quase o “padrão” do Word.

Esses tipos são usados normalmente em materiais impressos com muitos textos, como jornais, revistas, livros e catálogos. Isso acontece porque esse “prolongamento” torna a leitura mais confortável aos olhos de quem está lendo.
Se a sua marca for usar ou aparecer em muitos desses materiais, ela pode ser uma ótima opção.
Algumas marcas usam tipografias serifadas em seu logotipo, pois, além da leitura confortável, as serifas também transmitem uma sensação de sofisticação e elegância.

Exemplos de marcas com fontes serifadas
2. Sem serifa (ou serifada)
Ao contrário da anterior, ela não possui os “tracinhos” nas letras. Têm linhas mais retas e simples. A Arial é a mais popular delas, sem sombra de dúvidas.
Fontes sem serifa são usadas para textos curtos, títulos e subtítulos. Caso o material em que o texto for aplicado seja digital (como uma apresentação da empresa em PDF), elas também podem ser utilizadas para textos longos (com moderação). Nas telas, a serifa acaba mais atrapalhando do que ajudando na leitura.
Elas oferecem um visual mais clean e direto, chamando muita atenção. São escolhidas por negócios que não tem papas na língua.

Exemplos de marcas com fontes sem serifa
3. Manuscrita (ou cursiva)
E ainda, “Script”. Como o próprio nome diz, elas são as fontes que simulam uma caligrafia feita à mão. Por imitarem a escrita manual, são consideradas clássicas.
São cheias de floreios, curvas e capazes de seduzir à primeira vista. Por possuírem mais detalhes, devem ser usadas também com mais sabedoria.
Por causa dessas características, podem transmitir criatividade, elegância e liberdade. São ideias para marcas que querem manter uma relação mais próxima e pessoal com seus clientes.

Exemplos de marcas com fontes manuscritas
4. Decorativa (ou Display)
São as mais autênticas dos tipos, por possuírem um visual tão único e artístico que acabam não se encaixando em nenhuma outra classificação. São carregadas de enfeites e podem apresentar símbolos ou figuras no lugar das letras.
Elas são usadas nos mais diversos setores, e é comum que algumas marcas que desejam muito se destacar, façam sua própria tipografia sob medida. Entretanto, não são recomendadas para textos longos.
Podem ser divertidas, alusivas, originais e flexíveis. Normalmente, também são os tipos mais informais e descontraídos.

exemplos de marcas com fontes decorativas
Independente do tipo, elas podem se enquadrar como “fontes de sistemas” (essas básicas que temos no computador), fontes disponíveis grátis para uso (como as que o Google Fontes disponibiliza) e ainda, aquelas mais elaboradas, que você pode comprar dos autores para uso comercial em determinados materiais.
As famílias tipográficas
Agora que você já sabe o básico sobre as classificações, é hora de falar sobre as famílias de fontes, que nada mais é do que o conjunto de variações delas. Observe esse exemplo:
Percebeu como todas essas variações partiram de uma fonte só? Então, juntas, elas formam uma família tipográfica. Essas pequenas alterações podem ser na espessura, altura e inclinação das letras, como mostra a imagem.
O que mais analisar na hora da escolha?
Para finalizar, aqui vão algumas dicas finais na hora de definir a(s) fonte(s) da sua marca:
Se atente à legibilidade: a fonte precisa ser legível e fácil de ler.
Dê preferência para as fontes que possuem mais variações.
Verifique se ela possui acentos em português. Muitas tipografias são feitas por pessoas de outros idiomas (como o inglês). Portanto, é sempre importante conferir se ela possui todos os acentos (e o “Ç” também!”).
Analise qual a autorização do seu uso. Existem fontes gratuitas, pagas e aquelas que só podem ser utilizadas para fins pessoais, não comerciais.
Menos é mais: escolher muitas fontes para representar uma marca pode causar uma confusão na sua identificação. Portanto, não exagere e siga essa regrinha: uma é boa, duas são ideais, três (ou mais) é demais!
Conte com a ajuda de um designer e não tente definir tudo isso sem uma orientação profissional!
ATENÇÃO, EMPRESÁRIA!
Se você chegou até aqui, gostou do que leu e quer saber mais sobre esse universo das tipografias, chama a Cambuca! Acesse o link “Chora que eu te escuto” e receba uma proposta personalizada. Nada melhor do que uma consultoria especializada para te auxiliar nesse processo, certo? ;)
Comentários